Orestes Quércia (PMDB), 72, comunicará nesta segunda a retirada da candidatura ao Senado por São Paulo para se tratar do retorno de um câncer na próstata do qual sofreu anos atrás.
Na mesma oportunidade, o ex-governador anunciará o apoio ao companheiro de chapa Aloysio Nunes Ferreira (PSDB).
Em conversa de Quércia hoje com a cúpula tucana, ficou acertado que o primeiro suplente de Aloysio será Airton Sandoval (PMDB), e não mais Sidney Beraldo (PSDB). Em consequência do acordo, o ex-chefe da Casa Civil no governo de José Serra passará a ocupar, na propaganda de TV, o tempo das duas vagas ao Senado da chapa.
Em pesquisa Datafolha feita nos dias 2 e 3 deste mês, Quércia aparece com 26% nas intenções de voto, tecnicamente empatado no segundo lugar com o pagodeiro Netinho de Paula (PC do B).
A petista Marta Suplicy (PT) lidera com 33%. Já o tucano Aloysio aparece em quinto na disputa, com 12%.
Quércia iniciou sua carreira política no início dos anos 60, quando foi eleito vereador em Campinas. A seguir, foi deputado estadual pelo MDB, prefeito de Campinas e, em 1974, senador, quando, aos 35 anos de idade, foi eleito com 4,5 milhões de votos. Em 1982, foi vice-governador na gestão de Franco Montoro. Quatro depois, assumiu o governo paulista.
O ex-governador foi internado na última terça-feira no hospital Sírio-Libanês. Três dias depois, por meio de sua assessoria de imprensa, o hospital informou que Quércia está com câncer na próstata. De acordo com a assessoria, é uma recidiva de um tumor que ele já tratou há mais de dez anos.
No mesmo dia, em nota divulgada em sua página na internet, o ex-governador de São Paulo declarou que já teve uma "melhora significativa" após o início do tratamento e se disse "bastante animado". Da Folha.com
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