segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Prefeito de Monte Castelo é cassado pela Câmara

Após 10 meses da denúncia contra o prefeito de Monte Castelo, Odair Silis (PMDB), acusado de cobrar propina de uma empreiteira para a construção de uma creche, a Câmara Municipal da cidade decidiu por oito votos a zero, nessa sexta-feira (3), cassar seu mandato eletivo por infração político-administrativa. Ele foi flagrado em suposta cobrança de propina em novembro de 2009.

O recurso para a obra foi suspendido pelo governo dias depois da denúncia que foi feita pelo próprio dono da construtora, Edgar Gomes Ribeiro. Segundo ele, o chefe do Executivo passou a pressioná-lo para pagar propina. Seu sócio, Fernando Augusto dos Santos, foi indiciado pela Polícia Federal por fraude à licitação cinco meses depois. O mesmo aconteceu com Ribeiro dias depois.

Na época, o presidente da Casa, vereador Edson Carlos Oliveira da Silva (DEM), descartou o afastamento de Silis por falta de provas. Entretanto, no dia seguinte, o Ministério Público Federal (MPF) decidiu abrir um inquérito para apurar a denúncia e a Câmara formou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o fato.

O advogado do prefeito, Wilson Hirata, na época, negou o recebimento de propina, mas o chefe do Executivo pediu afastamento do cargo por dois meses, alegando problemas de saúde. No mesmo dia a Câmara empossou o vice-prefeito Francisco Soares de Lima (PT). Após a licença médica, Silis retornou ao cargo.

Depois de quatro meses da denúncia, o prefeito foi indiciado pela PF por formação de quadrilha, corrupção passiva, fraude à licitação e concurso material, além de, por ocupar cargo de chefe do Executivo, crime de responsabilidade.

Já em abril deste ano, a Comissão Especial de Investigação (CEI) criada pela Câmara de Monte Castelo apresentou o relatório final apontando que havia “sérios indícios da prática de infração político-administrativa por parte do prefeito”. Assim, em junho, a Casa aprovou por unanimidade a criação de uma Comissão Processante para a cassação de Silis.

O último fato ocorreu em julho, quando o MPF pediu afastamento do prefeito do cargo para dar prosseguimento às investigações e apurar outros crimes e envolvidos. (Com informações do Blog do Ruas)

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