A Fazenda Guarani em Presidente Bernardes, invadida pela 32ª vez pelos sem-terra, pode ser colocada à venda para a reforma agrária. Para isso, basta a Fundação Instituto de Terras de São Paulo (Itesp) pagar o valor exigido pelos donos.
"Se o Itesp pagar, no mínimo, R$ 8 mil por hectare pode sair negócio", avisa o pecuarista Nilson Vitale, de 53 anos. Ele mora em Presidente Prudente e é sócio minoritário e arrendatário da fazenda de 520 hectares. A Fazenda Guarani pertence ao grupo italiano Agropecuária CLMZ, de Verona.
"Com esse preço (R$ 8 mil), consulto os italianos e tenho quase certeza que eles vendem", afirmou, observando que o hectare pode valer até R$ 10 mil. Ontem (20), ele entrou com ação de reintegração de posse no Fórum de Presidente Bernardes.
Na condição de arrendatário, Vitale, um dos maiores empresários de Presidente Prudente, cria 300 cabeças de gado. O rebanho já foi bem mais numeroso.
"Antes nós tínhamos mais de mil cabeças, mas levamos o gado embora por causa das frequentes invasões. Em uma das invasões, os sem-terra destruíram a cerca e os bebedouros do gado. Ficamos só com um mínimo de gado temendo as invasões", completou.
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