Fernando Olmo é Educador |
Na escola, principalmente, é comum o aparecimento de nomes que lembram artistas famosos, políticos, cidades e outros bem estranhos. Na hora de registrar o nome dos filhos no Cartório de Registro Civil, os pais abusam da criatividade. Vejam alguns resultados: Adão Kodak, Lúcifer Maria da Conceição, Chevrolet da Silva Ford, David Coperfield Ribeiro e Steffi Graf Ribeiro são exemplos reais registrados em cartório.
Atualmente, os cartórios não aceitam mais os nomes que possam atrapalhar ou causar transtornos ao portador. Ainda, as pessoas que tiverem nomes que as exponham a constrangimentos podem procurar a Justiça para solicitar alteração.
Para Fernando Olmo, professor e conselheiro tutelar de Presidente Epitácio, os pais devem ser orientados a optar pela simplicidade. Na oportunidade o educador lembrou como exemplo as filhas da cantora Baby do Brasil. “Essa artista nomeou seus filhos de Sarah Sheeva, Zabelê, Nana Shara, Kriptus Rá Baby, Krishna Baby e Pedro Baby. Duas filhas dela já mudaram de nome”. – afirmou.
Para Olmo, a influência da televisão é muito grande na hora de os pais registrarem seus filhos. “São escolhidos nomes de cantores, de atores e até de personagens de ficção científica. Li uma matéria em que o pai, fã da trilogia Senhor dos Anéis, quis dar o nome de Lehgolaz para o seu filho. O Cartório de Registro Civil da localidade se recusou porque essa denominação causaria constrangimentos à criança. Esse nome era inspirado num personagem do filme”. – narrou o educador.
“É importante lembrar que o nome diz respeito à identidade das pessoas; aquilo que ela é. É o que diferencia os indivíduos uns dos outros e por isso deve ser escolhido pelos pais em acordo e com extremo carinho. A denominação escolhida acompanhará o filho desde o nascimento, atravessando as fases da vida, até a morte.
Pessoa que ainda, postumamente, por ocasião de homenagem, poderá até virar nome de rua, avenida, ponte, prédio, etc. Nomes muito exóticos expõem os filhos, oportunizam o bullying, geram traumas terríveis e causam dificuldade de comunicação” – concluiu Olmo.
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