sábado, 25 de junho de 2011

Envolvidos em doping são acusados de exercício ilegal

Envolvidos no maior escândalo de doping do esporte brasileiro, o fisiologista Pedro Balikian e os treinadores Jaime Netto Jr. e Inaldo Sena agora são investigados pela Delegacia Seccional de Presidente Prudente por exercício ilegal da medicina, através de inquérito aberto há 30 dias. Os três são acusados de prescreverem e aplicarem e a substância Eritropoietina (EPO), considerada medicamentosa.

De acordo com o delegado da Seccional, Antenor Ferreira Pavarina, a EPO só pode ser administrada por profissionais da medicina. "A informação que consta é que eles prescreviam e aplicavam a substância que por ser medicamentosa deve ser aplicada apenas por médicos. Por isso, eles estariam praticando o exercício ilegal da medicina", explica.

Pavarina abriu inquérito para investigar o caso há 30 dias. "Já pedi a prorrogação do inquérito por mais 30 dias para que possamos ouvir os acusados, caso queiram falar, já que pela Constituição eles podem permanecer em silêncio", pontua o delegado.

Após ouvir os envolvidos, o delegado deve encerrar o inquérito e encaminhá-lo à Justiça para abertura de processo penal. A pena pelo exercício ilegal da medicina é detenção de seis meses a dois anos e multa, se houver lucro.

Em março, o Tribunal de Ética do Conselho Regional de Educação Física do Estado de São Paulo julgou os técnicos Jayme Netto Júnior e Inaldo Sena, que foram pivôs do escândalo de doping coletivo em Presidente Prudente, em 2009. Os dois treinadores, que já haviam sido punidos em maio do ano passado com banimento pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), não poderão exercer a profissão de educador físico por quatro anos.

Foi reconhecida a participação deles na aplicação de injeções da substância proibida eritropoietina (EPO) em cinco atletas da equipe Rede Atletismo. Os brasileiros que estavam classificados para a disputa do Mundial de Atletismo de Berlim – em agosto de 2009 – ficaram de fora do campeonato. Jayme e Inaldo poderão recorrer da suspensão no Conselho Federal de Educação Física (Condef).

Já o fisiologista Pedro Balikian, após passar ileso pelo escândalo de doping, foi denunciado pelo Cref no Ministério Público. O órgão representou Balikian por não ter registro e, portanto, trabalhar no campo de atuação do profissional de educação física de forma ilegal. Agora, com abertura de inquérito, ele também é alvo da polícia.

A reportagem do Portal tentou contato com o advogado de Balikian, Marco Antônio Ramos, mas ele não foi localizado. (Colaborou Espn Brasi e Portal Prudentino)

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