Em todo Estado de São Paulo, a arroba do boi gordo está em alta. O motivo é a falta de animais no campo e nos frigoríficos, o que gera uma oferta menor e um aumento na procura. Essa semana, na região de Presidente Prudente, o preço da arroba do boi gordo chegou a R$ 103.
Em um frigorífico de Prudente, nas últimas semanas o abate diminuiu de 800 para 500 cabeças por dia. "Hoje a escala está reduzida entre 20%, 25% da capacidade normal do frigorífico. Há um mês, 15 dias atrás, a gente conseguia formar a escala completa de uma semana a 15 dias, que é o normal. Agora é dois, três dias no máximo", explica o gerente de vendas Edivaldo Souza Vieira.
Ele ainda fala que as unidades do frigorífico se complementam nesse período de escassez do produto. "Se a gente tivesse carne suficiente para atender todo mundo, certamente estaríamos vendendo muito mais", comenta.
Na maioria das propriedades rurais não há boi no pasto pronto para o abate. Os animais ainda não conseguiram adquirir peso porque, apesar do pasto estar verde, ele ainda não está em sua melhor condição.
"O pasto em si tem um período que vai amadurecer. Esse período, hoje, começou com a época das águas. Agora vai levar de 45 a 60 dias, dependendo da altura que ele está", esclarece o pecuarista Luís Fernando Scalon.
A previsão é que esses animais demorem pelo menos mais 45 dias para chegar ao ponto de abate. Antes disso, o confinamento feito pelo pecuarista já estará desativado. Em junho desse ano, ele optou por confinar 1.200 cabeças, agora só restam 50.
Os bois criados em confinamento equilibram o mercado na época da entressafra. Como o fim da criação, a expectativa é de alta nos preços para as próximas semanas.
"Se o pecuarista conseguir segurar esse animal para poder vender, com certeza, ele terá um preço melhor", afirma o pecuarista. Com informações de IFronteira
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