sábado, 30 de junho de 2012

Arrecadação de impostos federais cai 20% na região de PP

Redução de mais de R$ 31 milhões indica queda da atividade econômica
O recolhimento de tributos federais de pessoas físicas caiu de R$ 155.079.106,86 para R$ 124.051.756,24 na região de Presidente Prudente em comparação entre maio deste ano e o mesmo período de 2011, o que representa queda de 20%.

Esta redução de R$ 31.027.350, 62 ocorreu, de acordo com a Receita Federal, porque as empresas tiveram menos movimento e arrecadaram menos impostos, como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto de Renda de Pessoa Jurídica, o que reflete na diminuição do desenvolvimento econômico.

“A única contribuição que se manteve foi sobre a folha de pagamento. Ou seja, o emprego na região não diminuiu, o que reduziu foi o lucro das indústrias”, acrescenta o assistente de delegado da RF, Lucas Góis de Campos.

Um dos motivos que podem justificar a queda regional, do ponto de vista tributário, é a retração momentânea do setor sucroalcooleiro, que representa cerca de 30% da economia local. Mas, de acordo com ele, a situação pode mudar em breve. “Há a possibilidade de recuperação, pois nos próximos meses tem-se o início da safra da cana-de-açúcar”, ressalta.

Ele ainda aponta que houve um crescimento satisfatório da arrecadação federal na região entre janeiro e maio deste ano. Entretanto, “a curva aponta para baixo”, o que reflete no dia-a-dia dos trabalhadores e nos setores da economia.

“Nos grandes centros, onde a dependência da indústria é grande, esta queda gera a diminuição de turnos e até demissões. Como na região o comércio e a prestação de serviços são mais fortes, os reflexos demoram mais para aparecer. O que pode ocorrer é que o emprego se mantenha e o consumo continue no mesmo patamar ou caia um pouco por causa da inflação”, explica Campos.

Caso o cenário não melhore, o desemprego na região pode aumentar. “Se não houver recuperação agora com a safra da cana, podemos sentir na pele a queda do movimento econômico. Prudente não vai sentir tanto, mas as cidades ao redor irão, porque as demissões irão começar e a região não terá como absorver estes trabalhadores rapidamente”, pondera. *Com iFronteira

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