quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Dissidência do MST invade quatro fazendas na região

José Maria Tomazela, da Agência Estado
Integrantes do MST da Base, uma dissidência paulista do MST (Movimento dos Sem-Terra), invadiram no final de semana quatro fazendas no oeste do Estado de São Paulo. Três áreas foram ocupadas na madrugada dessa segunda-feira (6).


Os sem-terra protestam contra a prisão deosé Rainha
A outra invasão ocorreu no sábado, mas a área foi desocupada no domingo, após a Justiça ter dado liminar de reintegração de posse em favor do fazendeiro. Desde o início de janeiro, o grupo, que não tem ligação com o MST, invadiu 17 propriedades rurais nas regiões da Alta Paulista e do Pontal do Paranapanema.

Os sem-terra pressionam o governo estadual e o federal para acelerar a reforma agrária e protestam contra a prisão do líder José Rainha Júnior, preso desde junho, acusado de desviar recursos da reforma agrária. Em janeiro, o STF (Supremo Tribunal Federal) negou pedido de habeas corpus da defesa e manteve preso o líder sem-terra.

A fazenda São José, em Brejo Alegre, na Alta Paulista, foi invadida por mais de 300 sem-terra na madrugada dessa segunda-feira. De acordo com a Polícia Militar, a mesma área havia sido invadida na semana passada, mas foi desocupada pelo grupo. O militante Luciano de Lima disse que, na primeira ocupação, houve a desocupação forçada da fazenda pela PM.

Na ocasião, ocorreu confronto e seis sem-terra foram levados presos. "Voltamos a ocupar porque a fazenda já tem decreto de desapropriação, mas não vira assentamento", reclamou Lima. Também foram invadidas as fazendas Pauliceia, em Rinópolis, e a Lagoa Azul, em Euclides da Cunha Paulista.

Os proprietários devem entrar nesta terça-feira (7) com pedidos judiciais para o despejo dos invasores. Lima disse que foi agendado um encontro com representantes da superintendência paulista do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) para o próximo dia 16, em Iepê. "Vamos cobrar mais assentamentos e mais recursos para os que já existem", disse. Com Grupo Notícias

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