terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Funcionários de usina de Flórida Paulista protestam contra atraso de salários

Polícia acompanha à distância o movimento dos grevistas
Em Flórida Paulista, os trabalhadores rurais da única usina de cana-de-açúcar da cidade estão sem pagamento. O salário de dezembro, a segunda parcela do 13º e outros benefícios ainda não foram pagos. Para reivindicar, cerca de 80 funcionários protestaram em frente à empresa nesta segunda-feira (7). 

Desde o último dia 12 os funcionários estão de licença remunerada. Todos teriam que voltar ao trabalho nessa terça-feira (8), mas sem receber também por esse período, eles devem continuar de braços cruzados. 

O sindicato da categoria afirma que eles só voltarão ao trabalho depois de negociar os atrasos. “O pessoal vai continuar parado mesmo se a empresa solicitar, é inviável, o trabalhador não tem nem cesta para se alimentar”, conta o presidente do sindicato Daniel Ferreira. 

Os cortadores de cana afirmam que já estão sem ter como as pagar contas e, além da falta de pagamento, a empresa parou de fornecer as cestas de alimentos. “Eles não pagaram e nem falaram o porquê, simplesmente nos abandonaram, nem o presidente do sindicato tem informação concreta para passar”, diz o cortador de cana Jurandir do Santos. As dificuldades econômicas da usina não afetam somente os trabalhadores. 

Segundo o sindicato, muitos produtores rurais com terras arrendadas para a usina estão sem receber. Com isso, ainda de acordo com o sindicato, a área plantada de cana diminuiu. Nos últimos dois anos, ela era de 28 mil hectares. Hoje, esse número não passa dos 15 mil. Atualmente somente os seguranças trabalham na usina. 

Já os trabalhadores devem recorrer ao Ministério Público de Presidente Prudente na tentativa de reaver os salários e benefícios. Ninguém da administração foi encontrado para falar sobre a falta de pagamento e a queda na produção. Nessa quarta-feira (9) deve haver uma reunião entre o sindicato patronal e o dos trabalhadores em Araçatuba para tentar resolver o impasse. iFronteira

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